sábado, 5 de novembro de 2011

SUA MAJESTADE, O BEIJO !


Antes de mais nada, fica combinado o seguinte: andar de ônibus, não é opção. Ninguém acorda feliz da vida e diz...puxa, hoje eu vou entrar num ônibus lotado, com um cara me "encurralando" na parede do banco pra tirar uma casquinha, descer quatro quarteirões depois do meu destino depois de ter sido pisoteada e impregnada por odores desagradáveis e se der sorte ter levado umas duas ou três bolsadas na cabeça. Não sou fresca, mas só quero deixar muito claro que andar de ônibus nunca foi opção e sim necessidade. Ok???
A escolha na verdade, consiste em como encarar essa aventura diária que não pode ser chamada de rotina. Eu, quando não estou na TPM, leio, olho vitrines, as pessoas indo passear (a pé)... Filosofo e óbvio, também penso muita abobrinha. Muita mesmo. Algumas impublicáveis, não por algum caráter censurável, mas por ser patético demais. E como ando todos os dias neste "bonde de imaginação", me perdoem se perder o senso do ridículo e deixar escapulir uma incrível besteira.
Sou fã incondicional da Martha Medeiros. Ela ,como diz minha prima, parece que é nossa melhor e mais nova amiga de infância e lendo uma de suas irretocáveis crônicas, ela fala do "beijo em pé" ... coincidência ou não, da janela do meu bondinho de devaneios, vi o tal do beijo em pé. Nossa! Quase morri de inveja. E nem vem com essa história de "inveja branca". Era inveja mesmo e inveja não tem cor...Ah...mas aquele beijo tinha sabor e eu queria muito estar ali no meio pra provar. Não sei como eram os protagonistas daquela coisa mais gostosa que jantar a luz de velas. Logo depois da inveja e da vontade de ser eu, ou pelo menos minha boca ali, veio meu lamento. E eles continuavam se beijando aquele beijo de festa, com calda de sorvete, banhado a ouro, com fogos de artifício, mãos, corpos unificados, pureza e tesão ao mesmo tempo. Aquele "cartão postal da paixão" faz qualquer um entender a tal frase "me joga na parede e me chama de lagartixa"...kkk até eu queria virar lagartixa!!!
Nossa, o que eu dizia mesmo? Ahhh, sim, o lamento. Por que as pessoas só se beijam assim no começo, numa ficada, num primeiro trimestre de um namoro?
Depois, o beijo vira obrigação para dar início a algo mais (e isso minha melhor amiga de infância também cita) e depois parece mais um piloto automático se encontrando com uma boneca inflável, a fim de produzirem uma tamagotchi fêmea.
Porra, beijo é muito melhor até do que chocolate! E chocolate você come a vida toda. Foi então que eu percebi que a única coisa que estar só por opção deixa a desejar, é o tal do beijo. Beijo à luz do dia, sem pressa, desavisado, roubado, bandido, desejado, escondido. Beijo, é disso que tô falando. Não vem comparar com a quela espécie de "respiração boca a boca" que casais insistem em esboçar para se convencerem que há vida depois de sei lá quantos anos sem beijo.
Se eu encontrasse uma fada que me desse o direito a 3 pedidos, um deles com certeza seria que TODO MUNDO TIVESSE DIREITO A PELO MENOS UM BEIJO E VOCÊS ENTENDERAM O QUE É BEIJO POR SEMANA.
A vida seria mais leve e andar de ônibus mais divertido.

1 comentários:

André Ricardo May on 6 de novembro de 2011 às 01:02 disse...

é...existem beijos e beijos...e um bem dado, completando o outro é melhor que chocolate mesmo...

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